Só acontece comigo #20

A blogueira que vos fala pede desculpas pela falta de atualizações na última semana. Informamos que estamos em planejamento para melhor atendê-los.

Pensamentos de transporte público.

Foram inúmeras ás vezes em que contei BA-BA-DOS ocorridos no transporte público. Para a alegria de vocês podem passar anos que eles simplesmente não param de acontecer, e eu sempre preciso compartilhar com alguém, ou seja: post novo no blog.

Mais um dia na cidade de São Paulo, onde quando não estamos sem água certamente estamos em um transporte público lotado. E lá estava eu, jovem estudante, trabalhadora, amiga dos animais, ás três da tarde entre um braço gordo e uma catraca machucando meu quadril. O que a maioria das pessoas não imagina é que eu não estava ali porque queria, e a vida sempre muito bondosa comigo resolveu colocar do outro lado da catraca justamente esse tipo de pessoa.

Haviam mais de sete pontos (ou paradas, não sei como vocês chamam, vou até fazer enquete) até que a
c e r t a p e s s o a retirasse sua massa corporal do meio de transporte, e os motoristas, pessoas muito felizes com seu trabalho, já estão acostumados a deixar as pessoas que não conseguem passar da catraca pagar a passagem e sair pela porta da frente, o que já é uma regra básica de convívio em sociedade praticamente. Mas esse ser iluminado que por ironia do destino estava do meu lado parece ter sido abduzido por um longo período de tempo porque ele simplesmente não sabia disso. Acompanhem o diálogo a seguir, se não for incomodo.

- Vamos espremer ai que eu tenho que descer daqui a pouco! - um jovem senhor não tão jovem assim fala com simpatia porém não muita enquanto empurra a catraca e balança todos os órgãos presentes em meu corpo. Detalhe: a catraca estava vermelha, não sei se todo mundo sabe mas ela só roda ao aparecer uma luz divina verde.
- Senhor, não tem pra onde ir.
- COMO NÃO TEM PRA ONDE IR - gotículas de cuspe hidratam minha pele no momento - EU PRECISO DESCER MINHA FILHA SE VIRA AI!
- É só pagar o motorista e pedir pra ele deixar descer pela frente.
- Ah é?
- É... 
- Será que ele deixa?
- Eles SEMPRE deixam.
- Pois bem, eu vou pedir. E se ele não abrir você que me pague!

AMIGA ME SEGURA QUE EU VOU PUXAR OS CABELOS DESSE HOMEM.

Resultado: o motorista abriu, começou a chover e o homem ficou parado na calçada no meio da chuva sem saber o que fazer.
Se eu falar que não desejei uma pneumonia estarei mentindo.

Top 5: old but gold.

Antes de começar com a lista apelidada de Top 5 gostaria de ressaltar que não estou nada confortável em ter que aceitar o quanto cada item da mesma é antigo e fez parte da minha vida. A única maneira que encontrei para me conformar é pensar que as coisas que somem rápido demais, não somos nós que estamos ganhando mais anos do que deveríamos, certo?

5 - Fita Cassete.

Todo dia depois da escola eu tinha pelo menos dois compromissos certos na minha vida: assistir "O Sítio do Picapau Amarelo." enquanto almoçava e logo em seguida pedir para minha mãe colocar a fita cassete da Era do Gelo - na época, ainda a primeira parte do filme - ou do Mogli enquanto eu cantarolava junto. E depois pedia pra colocar o mesmo filme outra vez, gosto de memorizar bem as cenas.

4 - Pega Varetas.

Quem acha que já passou grandes dificuldades na vida nunca teve que passar bons dez minutos tentando tirar a vareta preta dos confins. Se as músicas da Xuxa colocadas de trás para frente continham mensagens do além, esse jogo com toda a certeza também tinha alguma ligação com o outro mundo.

3 - Pelon Cabelon. 

Eu não sei em que momento a internet se tornou esse lugar horrível, porque eu estou tentando encontrar a foto ou o comercial do verdadeiro Pelon Cabelon mas ele simplesmente SUMIU, então vamos nos contentar com essa versão gringa dele. O doce dava de 10 a 0 em qualquer Paleta Mexicana, sem falar da incrível emoção de apertar a embalagem e vê-la produzir "cabelos" milagrosamente.

2 - Boneco Melocoton.

Não cheguei a ter o Melocoton, mas meu maior sonho de consumo além do "Notebook" da Xuxa (sim meus queridos, sim) sem dúvida alguma foi esse boneco, que ria descontroladamente ao ter sua barriga apertada. O único que cheguei a ter foi o Bebê Alegria, também da época em que a Eliana fazia programas infantis ao invés de programas para arrumar macho.

1 - Cartela de adesivos.

Ou pra ficar bonito: stickers.
Quando eu era pequena minha mãe se negava a comprar material escolar caro (até porque com a letra que eu tinha era melhor pegar o papel higiênico fazer algumas linhas e me deixar escrever nele, sério) e para me convencer a não pedir o caderno da Cinderela, ela sempre pegava os cadernos brochura que a própria escola dava, com capa azul ou vermelha e junto comprava uma cartela de adesivos de algum personagem que eu gostava para decora-los. Blogueira nenhuma fez esse DIY até hoje, exclusividade do blog gente.

E vocês, sentem falta de algo que não está no post?
© Limonada
Maira Gall