Self image 2021/2022
09 abril 2022
Digo que o atraso de dois anos seguidos para renovar meu self image está relacionado ao momento pandêmico, mas no fundo me pergunto: o quanto disso é verdade? Foi (e com menos intensidade, ainda é), um momento ruim para todos, mas pensando em retrospectiva, percebo que não sofri das grandes e principais dores pandêmicas: não adoeci, não perdi ninguém, fui triplamente vacinada com antecedência; no máximo, vi minha mãe contrair o vírus, mas ainda assim, ela sequer precisou estar internada nos meses em que o viver parecia ser um querer-se muito.
Suspiro em frente ao computador. Também sei das verdades por trás da tela. Dos meses em que mal conseguia levantar. Do peso (mental e físico) crescendo. Da faculdade com aulas online que eu nada conseguia absorver. Da distância. Da ansiedade. Da falta de paciência.
Da vontade de não existir mais.
Da casa demolida e que hoje é só um pedaço de concreto guardado em uma caixa, dentro da minha cômoda. Da responsabilidade financeira que assumi com os dez dedos das mãos sem imaginar que também fosse precisar segurá-la com os dedos dos pés. Do adoecimento mental da única pessoa que até então, eu enxergava como uma rocha, e do consequente entendimento de que nem as mais duras pedras deixam de ser o que são: pó, e que se batidas com mais força, danificam-se.
Ainda acho muito difícil viver o hoje. Estou sempre no que foi e no que pode vir a ser. Já nem sei mais se isso pode ser mudado. Penso em aceitar tal característica como eternamente minha e aprender a olhá-la no espelho como apenas mais uma pinta em minha pele. Uma pequena alteração química que pode ou não crescer como um problema com o qual realmente devo me preocupar.
Já estou preocupada.
Acho que muito do que já escrevi por aqui falava sobre pertencimento. Não sobre o pertencer em si, mas sobre o querer pertencer. Aprendi em uma matéria da faculdade que a Síndrome do Adolescente Normal envolve querer fazer parte de um grupo e ser aceito por este, e que a adolescência, para alguns estudiosos da saúde, atualmente vai até os 24 anos, quando há o amadurecimento frontal do cérebro. Neste ano faço 25 e coincidentemente parei de querer pertencer. Não vou mentir: tentei até pouco tempo atrás. Mas depois de perceber que minha autoestima, já não muito boa, estava ainda pior ao me esforçar tanto para me dar bem com pessoas novas, um novo botão parece ter sido pressionado aqui dentro e tudo parou de fazer sentido. Tenho buscado muito mais estar bem comigo mesma do que estar bem com qualquer outra pessoa do mundo. Serei minha casa até meu último dia de vida, afinal de contas.
Ninguém havia me contado que o autoconhecimento também envolve tantos momentos de não se compreender. Eu gosto do meu curso? Eu gosto da função social do meu curso. Eu quero estar nesse curso? Ai já é outra história. O que eu quero para mim? O que quero ter daqui 5 anos? Que lugares conhecer? A quem devo manter, e de quem me despedir?
Penso mais em negativas do que em afirmações para cada uma dessas perguntas.
Não me conheço. E assim estou me entendendo.
5 motivos para ler Os Sete Maridos de Evelyn Hugo
28 março 2022
Se te perguntassem qual o melhor livro de todos os tempos, você saberia responder? A mybest Brasil, um site de recomendações de produtos e serviços onde é possível encontrar guias de compra completos preparados com a ajuda de especialistas, rankings e indicações dos produtos favoritos de influenciadores de diferentes áreas, convidou eu e mais 29 produtores de conteúdo literário para responder essa questão, e em menos de cinco minutos, eu já sabia a minha resposta: Os Sete Maridos de Evelyn Hugo, da autora Taylor Jenkins Reid. Quer saber o por quê? No post oficial da mybest Brasil, eu explico o porquê! Clique aqui para ler o artigo.
Ainda não se convenceu? Então senta aí que eu vou te dar mais 5 motivos para ler o livro que já foi confirmado como novo filme da Netflix.
1. Representatividade LGBTQIA+: em uma época em que as relações homoafetivas enfrentavam ainda mais preconceitos, Reid mostra através de seus personagens que o amor não tem relação com valores morais empregados por ideais diferentes.
2. Personagens complexos: mesmo aqueles que aparecem brevemente na história possuem aprofundamentos maiores (alguns ganharam até um outro livro para falar mais deles).
3. Discussões sobre o patriarcado: pode parecer um assunto muito teórico, e até difícil, quando falado assim, mas Evelyn Hugo discute mais de uma vez a respeito da sociedade machista em que ainda vivemos e como ela modifica as vidas das mulheres, mesmo quando consideradas "fortes" (já percebeu como as ditas mulheres fortes são sempre aquelas com quem ninguém nunca está satisfeito?).
4. Ambientação rica: ao se passar em Hollywood, Os Sete Maridos de Evelyn Hugo não deixa a desejar e nos mostra muitos detalhes do condado do entretenimento, com descrições de gravações de filmes, festas, entrevistas e momentos íntimos.
5. Final imprevisível: por mais que com o avanço da leitura possa parecer que sabemos para onde a autora está nos levando, os momentos finais de Os Sete Maridos de Evelyn Hugo são realmente surpreendentes (eu nunca imaginei aquele plot final!).
Não é por acaso que o livro já tem adaptação garantida — e que Evelyn Hugo deu vida a personagens que reaparecem em Daisy Jones & The Six e Malibu Renasce. Por aqui, foi uma leitura 5 estrelas e favoritada.
O que achei da Sallve
20 fevereiro 2022
Inspirado no post "Minha Experiência Com a Sallve", da Isamateur.
No final de 2020 fiz minha primeira compra de produtos mais voltados para skin care, decidindo por experimentar a marca Sallve. Como já notei que a maioria das opiniões sobre a marca na internet são na verdade patrocinadas, pensei em fazer um post sobre minha experiência com ela, livre de dinheiro por trás para poder falar com sinceridade. :)
O sérum antiacne foi, na verdade, a minha principal motivação por trás da compra. Não tenho problemas sérios com acne, já que as minhas costumam estar relacionadas com meu período menstrual, e gosto de pontuar isso antes de qualquer coisa para quem está me lendo entender melhor como o uso do produto seria para seu tipo de pele.
Composição: 2% ácido salicílico, BHA (promete desentupir poros), melaleuca e 4-terpineol (bactericida e anti-inflamatório), niacinamida e extrato de buchu (controle de oleosidade e de dilatação dos poros).
O que a marca promete: secar espinhas em até 24 horas, não ressecar a pele, prevenir novas espinhas e cravos, desobstruir e diminuir poros dilatados, controlar oleosidade, melhorar cicatrizes e manchas de acne, reduzir bactérias que proliferam acne, reduzir inflamação e vermelhidão da acne, reparar a barreira de proteção da pele.
O que eu achei: no inicio, em um ponto especifico da minha bochecha, eu não podia passar o produto sem sentir queimação, e a área ficava rosada. Com o tempo isso não voltou a acontecer, mas recomendo que ao contrário do que eu fiz (hehe), visitem, se possível, um dermatologista antes do uso para não ter nenhum problema com alergias ou reações. No inicio ele de fato secava minhas espinhas muito rapidamente, hoje em dia, isso não acontece mais. No entanto, noto a diminuição dos cravos na área do meu nariz. Não tenho manchas de acne para opinar sobre essa promessa, e quanto a oleosidade, não achei que o uso a tirou da minha zona T.
Compraria de novo? Outras marcas tem produtos com a mesma proposta. Como tenho poucas espinhas, o produto está durando há 14 meses, mas assim que acabar, pretendo experimentar outros. Usaria de novo pelos cravos, mas pela proposta da acne em si, não voltaria a comprar.
O limpador facial tem apresentação em gel, que em contato com a água, se transforma em espuma, o que o faz render muito (uma gota média é o suficiente para limpar todo o rosto).
Composição: niacinamida, extrato de moringa, phytoesqualano e pantenol, que são responsáveis por limpeza e hidratação.
O que a marca promete: limpeza profunda da pele, maciez, não "repuxar" a pele, controlar oleosidade, reconstruir a barreira de proteção da pele.
O que eu achei: primeiro sabonete facial que usei na vida (eu sei). Realmente tirava a poluição e diminuía a oleosidade da minha pele. Deixa com a sensação de "pele esticada" logo após o uso, que eu gostava muito. O que acho ruim é o preço, bem destoante com outros sabonetes faciais mais facilmente encontrados. Depois dele testei um da Nívea, que cumpre com o que promete, mas me fez sentir falta da sensação de limpeza que o da Sallve deixava.
Compraria de novo? Se não fosse o preço, já teria comprado.
Estava bem cansada da sensação deixada pela manteiga de cacau nos lábios, e por isso comprei o hidratante labial da marca.
Composição: phytoesqualano (hidratação), manteiga de shorea (proteção), vitamina E e extrato de physalis (antioxidante, ação calmante e anti-inflamatória).
O que a marca promete: hidratação intensa, reparação, prevenir ressecamento, rachaduras, e descamação, maciez e ação calmante.
O que eu achei: devia ter ficado com a manteiga de cacau. Mais barata e com a mesma finalidade. Além disso, o hidratante deixa os lábios bem grudentos, pesados (tem uma consistência cremosa), e tem um odor amanteigado forte.
Compraria de novo? Pelos motivos acima, não.
No geral, compraria a marca novamente? Experimentaria os outros produtos e compraria novamente o sabonete facial.
Ah, todos os produtos são veganos!
Caso se interesse pela marca, cupom para primeiras compras: @CUPOMBACANA (só funciona com o @).
Assinar:
Postagens (Atom)
Social Icons