Ora, ora, ora parece que temos um caso para o xeroque rolmes aqui. |
Logo no início do BEDA comentei sobre Frederico, o celular, que após 3 anos de vida precisou partir para a fazendinha dos smartphones. Apesar de sua inesperada ida, Fred continuou me acompanhando na longa estrada da vida diariamente, como uma segunda opção para casos de assalto (para mais técnicas anti-furto, entrar em contato).
Uma medida, ao ser tomada por um determinado indivíduo, não indica que o mesmo deseja que algo aconteça, é tudo apenas um jogo de prevenção para que caso algo ocorra a consciência permaneça livre de culpa. Pois a minha permaneceu. Mas não muito.
Era um início de noite confortável, com muitas luzes e prédios altos. Avenidas muito movimentadas possuem esse pequeno problema para travessia, em que um aglomerado de pessoas reunidas quer seguir seu próprio caminho -- e todo cuidado é pouco --, e ali eu estava com minha bela mochila azul nas costas. Pude sentir algo estranho acontecendo no menor bolsinho dela, justamente onde sempre deixei Frederico. Olhei para trás e um casal estava mais colado do que deveria, com uma moça de olhos arregalados por ter sido brevemente notada; se não fossem as técnicas e a consciência limpa, teria parado ali mesmo e acionado oszómi, mas permaneci caminhando.
Cheguei na calçada e calmamente virei a mochila pra frente do meu corpo. A prova do crime estava ali, diante dos meus olhos: um zíper aberto, um crachá quase caindo, e a falta dele, Frederico. Mesmo que sua função pós-vida fosse a proteção ao novo herdeiro, por nunca ter passado por algo parecido, perder menino Fred de tal forma doeu um pouco. Como disse no outro post sobre o assunto, Frederico Celularis Eligê I foi um ótimo amigo, e provavelmente o mais próximo de um relacionamento estável que já cheguei. Em sua homenagem, nomeei o novo celular como Frederico Celularis Eligê II. Em entrevista, Frederico II declarou estar honrado, e terminou seu breve discurso com algo que seu antecessor sempre dizia: "Bip-Bip".
Além do antigo celular, o querido humano que ainda não compreende regras básicas como a de não abrir a mochila do amiguinho foi premiado com um pequeno caderno em que constavam resumos de Biologia, Química, Física e Matemática para os vestibulares. Espero que faça bom proveito, a educação muda o mundo.
A gente cria um laço afetivo com os celulares que passam por nossas vidas. E é triste perder assim.
ResponderExcluirEu tenho um troço que só paro de usar o celular quando ele morre de vez. Da uma dó abandona-los.
Fico triste que você tenha passado por isso e espero que o Frederico II tenha uma vida longa e prospera.
Até mais.
https://littlemorgana.blogspot.com/
Pô teve um dia que eu quase fui furtada, mas a pessoinha não conseguiu levar nada.
ResponderExcluirE me desculpe, mas acabei dando algumas risadinhas no teu post, talvez pelo jeito que você comentou os fatos acontecidos.
Pelo menos você já tinha um outro celular, né? Não teve que gastar $ com outro.
Eu queria dizer também que gosto muito do seu jeito de escrever :p
margineus.blogspot.com.br
Oh, pobre Frederico I, foi um herói e tenho certeza de que sua bravura não será esquecida!
ResponderExcluirAliás, eu uso essa tática do celular antigo também, além de dar nome aos meus aparelhos (embora o último ainda não tenha um). Mas se tem uma coisa que eu detesto é o sentimento de perder algo (por meio de furto ou de esquecimento), por isso compreendo essa dorzinha que você mencionou.
Enfim, espero que não passe mais por esse tipo de situação e que consiga caminhar tranquilamente por aí, com Frederico II e seus cadernos de estudos a salvo!
bjinhos x*
Eu sou da teoria que Frederico Celularis Eligê I fez como os cachorros e foi para um lugar distante e tranquilo pra dar seus últimos e definitivos suspiros.
ResponderExcluirCaraca miga, que bad!
ResponderExcluirQuando levaram meu celular novinho em folha um ano atrás, eu fiquei mal pra caramba. Aliás, até hoje não me recuperei do trauma, porque foi uma situação muito complicada mesmo. Apontaram a arma pra cabeça da pessoa que eu mais amo no mundo, levaram todos os meus pertences mais queridos. Sofri demais, mas tô viva.
Hoje em dia, não ando com um celular reserva no bolso, então se vierem, eu vou ter que dar o meu. Mas acho que aprendi a desapegar. De celular, pelo menos. O que eu quero manter comigo, deixo em casa e torço pra nunca entrarem lá. Mas como no mundo a gente não tem garantia de nada, eu espero, pelo menos, não ter minha vida ameaçada novamente.
Beijinhos.
naofreud.com
Adoro seu blog, suas postagens são maravilhosas, acabei chegando aqui por causa de Friends e Gilmore Girl. Se puder da uma olhadinha no meu e dizer o que achou, agradeço imensamente.
ResponderExcluirhttps://noitesemcllaro.blogspot.com.br/