Só acontece comigo #15

Ou: restaurantes - o retorno.


Eu estava aqui nesse domingo de muito frio com direito a nariz vermelho pensando nas consequências dos meus atos, porque por acaso hoje eu derrubei o meu celular na privada e lembrei de todos os desastres que acontecem comigo diariamente e pensei que tem alguma parada errada no meio disso tudo, tá ligado mano? Tá certo não. Já imaginei até que deve ter algum grupo privado no Facebook cujos participantes formam uma conspiração exclusivamente contra a Tatiane, sabe?

Mas então eu lembrei que em menos de cinco anos eu quebrei um total de quatro espelhos, de diferentes jeitos, de diferentes tamanhos e vamos lá fazer o cálculo todo, são exatamente 28 anos de azar e eu que nunca acreditei em superstição agora acredito sim por motivos óbvios que podem ser encontrados em todos os "Só acontece comigo" já publicados.
Se alguém se importa com o meu celular saiba que ele está aqui do meu lado, mergulhado em arroz cru, porque além de ser desastrada eu tenho que ser louca e acreditar no que eu leio pelos sites da vida, vai que ele volta a funcionar né? Enquanto isso já tem outro filhinho previsto pra chegar em até 5 dias úteis, me endividar SIM ficar sem celular NÃO. Só o meu psicológico que se encontra abatido mas quando é que ele não esteve assim, convenhamos.

Pensei em todos os desastres que ainda não contei para meus amiguinhos internautas e o que eu mais queria contar não posso sabem por que? Porque eu tinha que gravar um pequeno vídeo, mas o meu celular morreu, quis aprender a nadar e se afogou então não tem vídeo. Portanto fiquem com a outra opção - sou tão azarada que posso ESCOLHER o desastre da vez gente, alguém contrata um psicólogo pelo amor de Deus. - que mais uma vez aconteceu em um restaurante.

Da última vez tivemos o caso do espirro, em que prometi não voltar no local por um tempo mas já voltei por uma coisa muito gostosa chamada queijo branco. No caso de hoje, temos outro restaurante próximo a minha senzala (vulgo emprego/local de trabalho/ganha pão.), onde ás quintas um dos pratos principais é o lindo, maravilhoso, tudo de bom strogonoff de carne.

Nada contra o strogonoff tudo contra a bebida. Eu podia ter feito como em todos os dias e pego um refrigerante de latinha, que seria mais seguro para a minha própria vida. Mas não, a Tatiane quis ser natural, quis ser saudável (com um prato de strogonoff de um lado e um suco natural do outro, muito saudável viu parabéns.) e pediu um suco natural de manga.

Como em todo restaurante a bebida chegou primeiro que a comida, e eu com meu estômago se tornando parte do meu cérebro de tanta fome, fui feliz da vida beber o suco.

Um copo.
Um suco.
Um canudo.
Duas pedras de gelo.
E eu.
Eu linda, maravilhosa, idiota, imprestável.
Minha jaqueta suja de suco.
Minha calça suja de suco próximo a regiões que davam a impressão de que eu não tenho controle nem sobre meus próprios rins.

Sim amigos, eu consegui derrubar o suco na minha própria pessoa sendo que havia um canudo entre nós. UM. CA.NU.DO.
Eu vou me trancar em casa pelos próximos 28 anos.
E ainda assim é capaz de eu colocar fogo na casa.
Eu estou muito mal alguém me passa o lencinho e da um ombro amigo pra chorar, por favor.
© Limonada
Maira Gall