O ato de fingir desinteresse quando há interesse, o ato de tornar algo simples um evento dificílimo para todos os envolvidos. Sim, hoje falaremos dele, o camarada cu doce, que prefiro chamar de sweet cu, pois bilíngue.
Uma amiga minha gosta de um cara que mora no litoral, enquanto nós estamos aqui, garotas urbanas de São Paulo capital e região. Eles se conheceram por meio desses aplicativos de relacionamento, e apesar de ela ter passado um tempo da vida com o app instalado no celular, nunca teve coragem de sair com os caras que conheceu por ele. Primeiro porque é BIZARRO o modo como tudo funciona, não sei se ela e eu que somos muito devagar pra isso, mas os caras trocavam um diálogo e meio com ela e já estavam combinando de ver aquele filminho, se é que me entendem. Segundo porque vira e mexe apareciam umas cuecas, muitas fotos sem camisa, diversos perfis só de fotos com os amigos e não tinha como saber qual deles era o bendito e dava pra notar no olhar de cada um que o negócio não era romance, era só um lance. Prosseguindo com a história do garoto praiano: eles se conheceram por intermédio desse aplicativo horrível no fim do ano passado, se falam até hoje e nunca se viram.
E ai que tem a velha friendzone, né? Esse termo errado, mas que infelizmente existe, porque ok, a outra pessoa não é obrigada a corresponder aos teus sentimentos, mas se a menina tava com um aplicativo de relacionamento instalado, deu match com o cara e fala com ele por um ano todo o dito-cujo devia sei lá, desconfiar que tá na isca? (Praia, isca, entenderam?) Não foi o que aconteceu, o Felipe Dylon do Tinder fez dessa minha amiga sua confidente e passou meses conversando com ela sobre as angústias da vida. Até que chegou o dia que a queridona ficou um pouco alegre com certas bebidas e mandou aquele áudio agradável chamando o cara de lerdo. Isso faz um mês que ocorreu, ele se ligou do real interesse dela, as angústias existências dos dois continuam sendo pautas de conversas, ela já passou 50 minutos tomando milk-shake e choramingando pra mim sobre como não consegue tirar ele da sua vida e seguir em frente, já que a distância não permite nem que eles se conheçam pessoalmente, e eu, como psicóloga particular das minhas amigas, analiso o caso com frieza desde então.
Semana passada, sentada ao meu lado na sala de aula, a amiguinha mal chegou e já veio falando do menino Dylon, dizendo que eles não conversavam desde sábado (era quarta-feira) e que isso era bom pra ela aprender a parar de correr atrás mesmo, porque é óbvio que nunca ia dar em nada, trouxa ela que continua acreditando, e eu ali, absorvendo a informação e me questionando mentalmente "E por que é que ela não chama? Pergunta como é que tá a praia, se a água do mar tá salgada, sabe?". Foi a bendita citar o nome dele que surgiu uma notificação do Whatsapp com um singelo "Ei, como você tá?", não sei vocês, mas eu cada dia mais acredito nos sinais do universo.
Minha amiga respondeu a mensagem na hora? Não, visualizou sem abrir a notificação e deixou o celular de lado. Eu, cansada de analisar o caso sem expressar o que penso com sinceridade já logo me intrometi.
- VOCÊ NÃO VAI RESPONDER?????
- Vou esperar uns 5 minutos e depois respondo, se eu responder agora vai parecer que tava desesperada pra falar com ele.
A menina chegou, nem me deu oi e já tava reclamando que não conversava com Felipe Dylon desde sábado e me vem com papo de não querer demonstrar que precisava falar com ele? AH MINHA QUERIDA, FAÇA-ME O FAVOR!
Com essa onda de efeitos daquele tal Prisma, a foto do menino tava em um tom azulado meio esquisito, e ela decidiu brincar com ele e falar "E essa foto azul?", o menino fez o quê? Trocou a foto na hora. E ela me fala o quê? QUE NÃO SABE SE O CARA TÁ INTERESSADO NELA.
Nessa eu tive que acompanhar toda uma conversa baseada em demorar 5 ou mais minutos pra responder um ao outro, mandando áudio com voz mais calma que o normal, dando sorrisinho no meio da aula quando chegava notificação e tudo isso pra dar no quê? Em nada, porque prefere fingir que nem tá tão a fim assim.
Vocês que fazem isso são estranhos demais.
Não tô falando aqui que sou a rainha das demonstrações de afeto, sei que não sou. Como já falei nesse outro post, a minha principal dificuldade não é demonstrar que gosto, e sim aceitar que tenho interesse na pessoa. Toda vez que começo a sentir uns negocinhos na barriga por causa de alguém meu cérebro dá alerta vermelho e eu sinto que vários Minions estão correndo lá dentro e gritando desesperadamente enquanto trombam com meu crânio e caem de pernas pro alto desesperados porque já sabem no que isso vai dar.
Os dois sinais que me fazem saber se tô gostando de alguém: coisas estranhas na barriga e procurar pela pessoa quando entro em um lugar que sei que ela vai estar, e se finalmente vejo a mesma fico sem graça e olho pra qualquer coisa que não seja o rosto dela. Se isso acontece o play automático já canta "Vai dar merda, vai dar merda, vai dar merda vaaaaaai!".
PORÉM, se eu noto que esse interesse não passa e que tenho pensado naquele ser mais que o normal não vou ficar fingindo que não tô querendo pois trabalho com algo que se chama: VAI QUÊ! Se de repente eu investir e a pessoa também estiver disposta, sorte minha né? Até porque como já comentei por aqui não tenho o costume de sair ficando com todo mundo pois infelizmente fresca demais pra beijar várias bocas, então quando acontece de dar certo eu não sou boba nem nada, entende? Só que ai tem o quê? Tem a outra pessoa. A outra pessoa faz o quê? Dificulta né, faz o singelo sweet cu também, fica em cima do muro, não sabe se demonstra que quer ou se segue só na amizade, e eu fico como? Eu fico sem nada, porque acredito que se a pessoa quiser ela vai pelo menos dar sinais disso, mas essa pessoa, como boa fazedora de sweet cu, ora sinaliza pra esquerda, ora pra direita, e eu que não estou disposta a lidar com a dor do pé na bunda prefiro continuar jogando indiretas discretas do que falar com todas as letras, fé no pai que um dia esse beijo sai.
Em nome de todas as pessoas que sofrem com sweet cu, de todas as pessoas que o fazem por força maior e não sabem como parar, trago hoje não um, mas DOIS GUIAS para que todos sejam beneficiados, acompanhem.
1 - Chame a pessoa para conversar.
Os meios de comunicação existem e são maravilhosos! Se cara a cara é difícil ter contato, dê um jeito de encontrá-la em alguma rede social e inicie uma conversa saudável sobre coisas que vocês vivenciaram no local que se conheceram, por exemplo. Se for propício conversar pessoalmente, melhor ainda. Só sugiro que cruze os braços ou coloque as mãos fora do campo de visão da pessoa para casos de eventuais tremores por nervoso, por exemplo.
2 - Demonstre interesse no que ela/ele diz.
Te contou algo pessoal? Mostre que está ali por ela(e). Te disse qual a banda preferida? Se você conhecer fale sobre uma música deles que você também goste, se não conhecer vá procurar a respeito e comente em outro momento algo como "Que banda maneira aquela, né? Vamos dar uns beijos!".
3 - Demonstre interesse NELA(E).
Viu algo que te lembrou a pessoa? Comenta. A criatura passou por algo ruim? Demonstra preocupação com o ocorrido, faz ela ir percebendo que ou você quer muito ser amiga(o) ou tem algo meio suspeito nisso.
4 - DEMONSTRA.
Não precisa chegar chegando com beijo no canto da boca. Não precisa nem tocar na pessoa, mas dá aquelas pistas que no inicio até podem deixá-la confusa, mas é certeza que quando a mesma comentar com outros amigos todos eles vão fazem o sonoro "Hmmmmmmmmmmm!".
5 - Escute o que Felipe Dylon te diz.
"O menina deixa disso quero te conhecer, vê se me dá uma chance, tô a fim de você!" - DYLON, Felipe.
O negócio é simples demais e tá todo mundo ai complicando tudo, entende? Se você realmente quer não tem motivo pra ficar cronometrando tempo certo pra responder, pra elogiar algo, pra perguntar como é que vai a mãe, o cachorro, a dor na unha que a pessoa sentiu há 20 dias, é só demonstrar. Do mesmo jeito que se você notou que a pessoa tá na sua, mas não te despertou nenhum turu turu turu ali dentro quando ela passa é possível demonstrar que não quer fazendo o quê? Parando de dar esperança, vai dando uns cortes, entende? Sinceridade nessas horas é bem melhor.
Se organizar todo mundo beija, é só querer que vai.
Um pequeno lembrete: em alguns casos não é cu doce e sim falta de interesse, né? Segue a vida, tem outras bocas.
Semana passada, sentada ao meu lado na sala de aula, a amiguinha mal chegou e já veio falando do menino Dylon, dizendo que eles não conversavam desde sábado (era quarta-feira) e que isso era bom pra ela aprender a parar de correr atrás mesmo, porque é óbvio que nunca ia dar em nada, trouxa ela que continua acreditando, e eu ali, absorvendo a informação e me questionando mentalmente "E por que é que ela não chama? Pergunta como é que tá a praia, se a água do mar tá salgada, sabe?". Foi a bendita citar o nome dele que surgiu uma notificação do Whatsapp com um singelo "Ei, como você tá?", não sei vocês, mas eu cada dia mais acredito nos sinais do universo.
Minha amiga respondeu a mensagem na hora? Não, visualizou sem abrir a notificação e deixou o celular de lado. Eu, cansada de analisar o caso sem expressar o que penso com sinceridade já logo me intrometi.
- VOCÊ NÃO VAI RESPONDER?????
- Vou esperar uns 5 minutos e depois respondo, se eu responder agora vai parecer que tava desesperada pra falar com ele.
QUE QUE CÊ TÁ FAZENDO MINHA FILHA? |
A menina chegou, nem me deu oi e já tava reclamando que não conversava com Felipe Dylon desde sábado e me vem com papo de não querer demonstrar que precisava falar com ele? AH MINHA QUERIDA, FAÇA-ME O FAVOR!
Com essa onda de efeitos daquele tal Prisma, a foto do menino tava em um tom azulado meio esquisito, e ela decidiu brincar com ele e falar "E essa foto azul?", o menino fez o quê? Trocou a foto na hora. E ela me fala o quê? QUE NÃO SABE SE O CARA TÁ INTERESSADO NELA.
Nessa eu tive que acompanhar toda uma conversa baseada em demorar 5 ou mais minutos pra responder um ao outro, mandando áudio com voz mais calma que o normal, dando sorrisinho no meio da aula quando chegava notificação e tudo isso pra dar no quê? Em nada, porque prefere fingir que nem tá tão a fim assim.
Vocês que fazem isso são estranhos demais.
Não tô falando aqui que sou a rainha das demonstrações de afeto, sei que não sou. Como já falei nesse outro post, a minha principal dificuldade não é demonstrar que gosto, e sim aceitar que tenho interesse na pessoa. Toda vez que começo a sentir uns negocinhos na barriga por causa de alguém meu cérebro dá alerta vermelho e eu sinto que vários Minions estão correndo lá dentro e gritando desesperadamente enquanto trombam com meu crânio e caem de pernas pro alto desesperados porque já sabem no que isso vai dar.
Os dois sinais que me fazem saber se tô gostando de alguém: coisas estranhas na barriga e procurar pela pessoa quando entro em um lugar que sei que ela vai estar, e se finalmente vejo a mesma fico sem graça e olho pra qualquer coisa que não seja o rosto dela. Se isso acontece o play automático já canta "Vai dar merda, vai dar merda, vai dar merda vaaaaaai!".
PORÉM, se eu noto que esse interesse não passa e que tenho pensado naquele ser mais que o normal não vou ficar fingindo que não tô querendo pois trabalho com algo que se chama: VAI QUÊ! Se de repente eu investir e a pessoa também estiver disposta, sorte minha né? Até porque como já comentei por aqui não tenho o costume de sair ficando com todo mundo pois infelizmente fresca demais pra beijar várias bocas, então quando acontece de dar certo eu não sou boba nem nada, entende? Só que ai tem o quê? Tem a outra pessoa. A outra pessoa faz o quê? Dificulta né, faz o singelo sweet cu também, fica em cima do muro, não sabe se demonstra que quer ou se segue só na amizade, e eu fico como? Eu fico sem nada, porque acredito que se a pessoa quiser ela vai pelo menos dar sinais disso, mas essa pessoa, como boa fazedora de sweet cu, ora sinaliza pra esquerda, ora pra direita, e eu que não estou disposta a lidar com a dor do pé na bunda prefiro continuar jogando indiretas discretas do que falar com todas as letras, fé no pai que um dia esse beijo sai.
Em nome de todas as pessoas que sofrem com sweet cu, de todas as pessoas que o fazem por força maior e não sabem como parar, trago hoje não um, mas DOIS GUIAS para que todos sejam beneficiados, acompanhem.
1 - Chame a pessoa para conversar.
Os meios de comunicação existem e são maravilhosos! Se cara a cara é difícil ter contato, dê um jeito de encontrá-la em alguma rede social e inicie uma conversa saudável sobre coisas que vocês vivenciaram no local que se conheceram, por exemplo. Se for propício conversar pessoalmente, melhor ainda. Só sugiro que cruze os braços ou coloque as mãos fora do campo de visão da pessoa para casos de eventuais tremores por nervoso, por exemplo.
2 - Demonstre interesse no que ela/ele diz.
Te contou algo pessoal? Mostre que está ali por ela(e). Te disse qual a banda preferida? Se você conhecer fale sobre uma música deles que você também goste, se não conhecer vá procurar a respeito e comente em outro momento algo como "Que banda maneira aquela, né? Vamos dar uns beijos!".
3 - Demonstre interesse NELA(E).
Viu algo que te lembrou a pessoa? Comenta. A criatura passou por algo ruim? Demonstra preocupação com o ocorrido, faz ela ir percebendo que ou você quer muito ser amiga(o) ou tem algo meio suspeito nisso.
4 - DEMONSTRA.
Não precisa chegar chegando com beijo no canto da boca. Não precisa nem tocar na pessoa, mas dá aquelas pistas que no inicio até podem deixá-la confusa, mas é certeza que quando a mesma comentar com outros amigos todos eles vão fazem o sonoro "Hmmmmmmmmmmm!".
5 - Escute o que Felipe Dylon te diz.
"O menina deixa disso quero te conhecer, vê se me dá uma chance, tô a fim de você!" - DYLON, Felipe.
O negócio é simples demais e tá todo mundo ai complicando tudo, entende? Se você realmente quer não tem motivo pra ficar cronometrando tempo certo pra responder, pra elogiar algo, pra perguntar como é que vai a mãe, o cachorro, a dor na unha que a pessoa sentiu há 20 dias, é só demonstrar. Do mesmo jeito que se você notou que a pessoa tá na sua, mas não te despertou nenhum turu turu turu ali dentro quando ela passa é possível demonstrar que não quer fazendo o quê? Parando de dar esperança, vai dando uns cortes, entende? Sinceridade nessas horas é bem melhor.
Se organizar todo mundo beija, é só querer que vai.
Um pequeno lembrete: em alguns casos não é cu doce e sim falta de interesse, né? Segue a vida, tem outras bocas.
Tati! que que isso miiiiiniiiiina ... essa história é tão eu com 13 anos KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK Amei saber mais... vc já viu o video da Jout Jout falando sobre cu doce? É MARA!!! hahaha mostra pra sua miga!!
ResponderExcluirHahahahahah Muito bom esse post!
ResponderExcluirEu já fiz sweet cu, mas estava com 15 anos, talvez 17. Aí acho que pode ser aceitável. Mas não consigo ser como sua amiga, se gosto demonstro, mas só depois do cara demostrar. Iniciativa aqui é nota zero!
Mas ficar fingindo desinteresse quando não há, é terrível.
Gostei do guia e da relação com a música do Dylon.
Beijos, Aline
Verso Aleatório
ESSE POST O MUNDO PRECISA LÊ-LO
ResponderExcluiré tanto drama desnecessário que evitaríamos se o cero mano decidisse ser direto, né? dar umas piscadinhas e puxar uns papinhos quando tá interessado e deixar claro quando não tá. eu não sou feita pra fazer/aturar cu doce, sem condições de fazer como sua amiga (mas olha, até admiro, porque de tanto correr atrás já fui muito feita de trouxa na vida, risos)
:**
CARA! Maravilhoso esse post! E resumidor da minha vida "A outra pessoa faz o quê? Dificulta né." Não faço o menor cu doce, a pessoa de interesse ta digitando e eu to lá, pra ela ver que ficou azul na hora hihihi, mas acho difícil pra caramba achar outros meios de representar (gostar de meninos do litoral não é fássio, a não ser que vc seja do litoral tbm) e ler esses sinais, gente, muito pra minha cabeça, mas quando a gente conta prazamigas sempre vem aquele "Hmmmmmmmmmmm".
ResponderExcluirE muito bom chamar o rapaz de Dylon ahahaha adorei!
Também fico olhando até a pessoa enviar! hahaha
ExcluirSinais são mesmo mais difíceis, queria conseguir chegar falando logo pra facilitar tudo ainda mais