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| A imagem é filosófica mas o post não. |
Vai ter um Só Acontece Comigo atrás do outro? Sim meus amigos, porque mesmo eu ficando sem sair de casa por uma semana, quando resolvo sair as forças cósmicas do universo se unem em uma incrível dança de boas vindas. O relato a seguir aconteceu na cidade de São Paulo, no dia 29 de Julho de 2015, ás 16h20min horário de Brasília, quando o que poderia ter sido apenas uma ida ao dentista, tornou-se um evento memorável.
Eu me locomovo com o transporte público, pois vejam bem, papai não está disponível diariamente para me atender, e apesar de a grande maioria das pessoas passarem a vida alimentando a esperança de que após os 18 anos um carro e uma carteira de habilitação para dirigir o mesmo apareceram magicamente nas nossas vidas, a realidade está ai para provar que aos 18 o máximo que se tem é uma tensão muscular. Pois bem, fui de ônibus para a consulta, tudo lindo, tudo ótimo, estava com fones nos ouvidos, mas percebia uma movimentação estranha, uma senhora parecia estar guiando o caminho para o motorista, mas não me importei, porque quando uma empresa coloca determinado motorista na sua linha de ônibus, você confia e entrega sua vida nas mãos do cara. O problema é que o homem não fazia a mínima ideia do que ele estava fazendo ali, pela primeira vez vi alguém com uma expressão facial digna de O QUE É QUE TA ACONTECENDO COM A MINHA VIDA, e a senhora que guiava o caminho não deveria ser exatamente um guia, coleguinhas.
O motorista muito convicto de que estava fazendo a coisa certa, visto que a senhora não foi contra o caminho que o mesmo estava tomando, passou do ponto certo e pegou a rua errada. E ai que era uma rua sem saída, né? E ai que eu fiquei nervosa por ele e comecei a ter um ataque de riso, né? E ai que o garoto sentado ao meu lado ouvia Lady Gaga, né? E ai que pra piorar a situação o moço do meu lado mostrou-se e começou a ter surtos de ai-meu-Deus-meu-passeio-foi-arruinado.
Pois o bom homem fez o esforço de pegar um viaduto que retorna ao lugar original, e nisso ganhamos uns 10 minutos de passeio gratuito dentro do busão, e o bom homem por ter sido um bom homem ganhou aplausos quando retomou o caminho, com direito a um discurso baseado em "Me desculpem, de verdade, sou novo aqui e não conheço o bairro, só sei andar no centro da cidade mesmo, meu chefe não mandou ninguém para me ensinar.", enquanto a senhora guiadora ganhou diversos xingamentos porque veja bem, a culpa não é de quem mandou um motorista que nem sequer conhece o bairro dirigir aquela linha, e sim da pobre senhora distraída que se esqueceu de mostrar o caminho certo ao bom moço.
Pra completar eu chego ao dentista e ele sempre muito coitado me conta o quanto é difícil manter a casa, a escola particular dos filhos, os consultórios (dele e da esposa), os carros e o apartamento na praia. Já pensou que horror ter tudo isso, gente? Seria bem melhor se ele dependesse do transporte público, com certeza seria.
*Agora o blog é importante e tem página no Google +. Estão sentindo isso? É o cheiro da riqueza.






