Be bostra as ibagens: Outubro de 2018.

Outubro foi um mês de muita expectativa por aqui. Coisas aconteceram -- porque uma hora ou outra elas acontecem --, e eu me vi sem saber muito bem como continuar caminhando, era como se eu fosse um cartoon e meu ilustrador tivesse esquecido de terminar o cenário e de incluir outros personagens, me deixando sozinha em uma folha em branco. 

Não tenho muitos amigos, mas esse em especial, notou que eu estava me afundando um pouquinho e ofereceu uma mãozinha pra me puxar: um convite pra ir com ele para Curitiba prestar o vestibular da federal. Depois de muito pensar se devia, se queria, se podia, se não seria muito incomodo, juntei a cara e a coragem e fui. Sendo assim, esse post é quase um patrocínio desse meu amigo, a melhor pessoa do universo todinho, que inclusive descobriu meu blog sozinho e eu tive que lidar com a vergonha da minha própria escrita. 

Fui porque a concorrência do vestibular é menor, fui porque ficar em casa remoendo meu passado não ia me levar à lugar algum, e assim passei menos de um dia fora de São Paulo, mas vivi muito mais do que viveria em uma semana por aqui. 

17 horas em Curitiba.



Fomos em um ônibus que partiu de São Paulo no início da madrugada do domingo. Na foto da esquerda estávamos na parada, na metade do caminho, quando meu amigo, cujo nome será preservado, decidiu que precisava tentar pegar um bicho de pelúcia na máquina. Os dois reais dele nunca voltaram, mas temos essa foto que só refletiu do nosso pescoço pra baixo -- e ainda bem, porque os rostos estavam em um estado que não era o mais bonito. Chegamos no Paraná um pouquinho antes das sete da manhã e enquanto ele se trocava no banheiro da rodoviária (tendência, tá meninas?), fiquei o esperando sentada, e tirei essa foto da direita só pra provar que um dia já pisei meus pés em outro Estado. 

Depois disso tomamos café e antes mesmo das oito da manhã, em pleno domingo, decidimos nos aventurar pelas terras curitibanas. Andamos um pouco e vendo que as ruas não deixariam de estar desertas tão cedo -- e que convenhamos, nós não fazíamos a mínima ideia do que estávamos fazendo andando em um local que a) eu nunca tinha estado; b) ele já tinha visitado, mas também pra prestar um vestibular e não chegou a conhecer tanto assim --, paramos em um campus da UFPR, o mais próximo que o Google Maps nos mostrou. Não era o campus mais bonito do mundo (desculpa, UFPR), mas essas linhas formadas pelos andares (foto abaixo, do lado direito) me conquistaram. De lá fomos para o Parque Passeio Público, que de acordo com o Google foi o primeiro da cidade, e gente, que parque maravilhoso! A primeira vista o espaço parece pequeno, mas quando você entra tem coisa que não acaba mais. Ao longo do post vou sinalizando quando as fotos usadas forem relacionadas a ele, mas essa aí embaixo, do lado esquerdo, é de um imóvel na frente dele (por isso as grades na frente, hehe) que me chamou a atenção por ser mais antigo.

O parque é muito diverso, tem espaço infantil, tem área pra caminhar, tem estátuas históricas, pontes, e muuuuitas aves. Pelo que eu entendi da minha pesquisa no Google, já foi um zoológico, e hoje só abriga esses animais de pequeno porte. Nas duas fotos abaixo: uma das muitas vistas possíveis para o lago, e nossos pés de turistas.



Tem aves de muitas espécies diferentes (Arara azul!!! Tucano!!!), e todas são muito bem cuidadas em viveiros como esses aí embaixo. Quando estávamos lá deviam ser no máximo nove da manhã, e já tinha funcionário limpando e dando comida para os bichinhos.


Além desses viveiros, tinham um pássaros brancos enormes que estavam soltos e lotaram uma árvore -- filmei a gritaria toda do bando, mas pra postar vídeo no Blogger é horrível -- e esse das duas fotos abaixo, que tinha um "rabinho de cavalo" muito meigo e se afastava cada vez que eu me aproximava mais.

Tirar fotos minhas é algo que me exige muito preparo emocional. Eu realmente não consigo me sentir bem com a ideia de me expor pra câmera, então meu amigo começou a tirar fotos escondidas ao invés de ficar me obrigando a posar.


Pareço ou não pareço A Dora Aventureira com essa mochila enorme nas costas? 


Emo e gótica aproveitando o céu nublado.

De lá fizemos o que todo turista em Curitiba que se preze faz: fomos para o Jardim Botânico. Confesso que quando entramos nele até pensei um "ué?", porque no início é só mato e ladeira, mas depois desses arcos aí, é só alegria. Ô lugar bonito, tá de parabéns Curitiba (não por tudo, não se enche de orgulho não). 


Só conseguia lembrar de Alice no País das Maravilhas com o jardim de frente para a famosa estufa. 


O tempo quase não estava fechado, né?


Daqui pra frente é só foto da estufa mesmo. Vocês me perdoem, mas eu gostei muito da ~arquitetura~ dela e acabei me excedendo nas fotos (e olha que ainda deixei MUITA coisa de fora do post).









A visão contrária do comum, no caso, o jardim visto de dentro da estufa:

Antes de realmente conhecê-lo, eu achava que o Jardim Botânico era só a estufa, já que costuma ser ela o centro das fotos por aí, mas na realidade ele possuí uma área aberta muito grande, com pessoas sentadas na grama e crianças correndo, uma parte com bambus, outra com muitas plantas diferentes, cuja proposta é conhecer cheiros e texturas novas, e esse da foto seguinte, uma cabana que me deixou com a sensação de estar em um filme da sessão da tarde em que minha família viajou pra sua própria cabana no lago durante as férias. Dentro dela são vendidas plantas e quadros.


Por último -- achei que nunca mais ia acabar de digitar isso --, essa "coletânea" de caminhos:


Na esquerda, a ponte do Parque do Passeio Público, sob o lago. No meio, esse cercado (?), com o casal que nunca vi, mas agradeço por ter deixado minha foto mais humana, e no lado direito, essa pontezinha de algum dos muitos lados do Jardim Botânico. 

Depois do passeio no Jardim Botânico fomos almoçar no shopping -- que antes era a estação de trem da cidade -- e de lá fomos prestar o vestibular. Às 23h40min já estávamos embarcando no ônibus pra voltar para São Paulo, mas sem dúvida essas dezessete horas sem casa valeram mais que a maior parte do ano. 

Nunca na história do Be Bostra as Ibagens um mês teve tantas fotos, e se eu fosse postar todas vocês provavelmente não aguentariam (ainda tem alguém aí? hehe). Até mês que vem, que com certeza não vai ter nem cinco fotos. 

Comentários

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  1. Gente Curitiba está realmente de parabéns hahaha, mana que fotos lindas e tenho quase certeza que mesmo assim ela não é tão fiel a beleza real, né?
    É tão difícil quando a gente está em um momento difícil, mas tudo melhora quando passa e nós olhamos para trás e percebemos o quanto crescemos <3

    https://covildourado.blogspot.com

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  2. ai que fotos lindas. dá vontade de sair agora mesmo do meu casulo e ir andando de havaiana pra lá. Mas nossa, nem sie como é que tá o meu quintal, faz tanto tempo que não vejo sol.

    é tão bom quando a gente não tá legal e vem alguém para tentar deixar a gente pra cima!

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  3. Preciso muito conhecer Curitiba e visitar esses lugares que todo mundo fala que são lindos, e realmente parecem muito divertidos...
    Adorei as suas aventuras (Dora Avntureira) por Curitiba e achei o gesto do seu amigo uma coisa incrível <3

    Até

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  4. Me identifiquei muito com seu depoimento Tati. Eu também nunca fui muito de sair. Sempre gostei mais do conforto da minha casinha. Mas de uns tempos pra cá, percebi exatamente isso, escolher ficar em casa não me acrescenta nada (no caso, fotos nem experiências). Então estou tentando ser mais como você e dizer mais sim aos convites.

    Nunca fui pra Curitiba turistar. Meu sonho conhecer o Jardim Botânico. Parece até outro país!

    Espero que Novembro esteja sendo bom pra você. E que você poste muitas fotos pra gente (muito mais que 3 haha)

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  5. acabei de conhecer seu blog e amei sua forma de escrever, pode ter certeza que entrou na minha lista de leitura!
    me identifiquei demais, nunca saí do meu estado e imagino que irei fazer o mesmo que você quando o fizer e, além disso, também me sinto desconfortável diante de uma câmera, exige um preparo emocional insano pra eu poder posar em paz.
    uma coisa que me marcou demais foi você ter comentado que seu amigo encontrou o seu blog sozinho, lembro até hoje quando uma amiga minha descobriu que eu tinha um blog anos atrás e do quanto eu fiquei nervosa em saber que alguém que me conhecia estava lendo os meus textos. entendo demais o que você sentiu.

    ah, e Curitiba! eu sempre tive uma vontade enorme de conhecer a cidade e amei que no seu post teve fotos além das convencionais do jardim botânico, senti como se tivesse viajado contigo.
    espero que você possa trazer mais fotos e que fique bem ♥

    um abraço!
    https://baudogirassol.blogspot.com/

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