Dá medo de começar a falar sobre 2016 e sem querer abrir um portal no universo que sugue todo mundo de volta pra ele? Dá sim, meus amigos, mas a ciência não confirmou nenhum evento parecido e eu estou com esse post feito salvo nos rascunhos e não pretendo desperdiçá-lo.
Eu consumo muita cultura pop. Amo passar horas falando sobre séries, compartilhar cenas de filmes que me inspiraram com as pessoas e indicar bandas novas pra todo mundo ouvir. Em 2016 esse lado da vida foi muito positivo, e assim
como em 2015, quando apareci aqui com uma premiação para os melhores do ano, resolvi ser empreendedora e criei o meu próprio evento digno de tapete vermelho. Senhoras e senhores, hoje nasce o "
Ninguém se importa awards", a premiação menos aclamada dos melhores do ano em toda a internet (e a única com tweets antigos do Neymar pra cada categoria) (além de fora de época). APRECIEM!
Stranger Things (Netflix).
Stranger Things foi além do que dizem. Todo mundo fala que são crianças bonitinhas e talentosas, e como o próprio nome sugere, que bagulhos estranhos estão acontecendo, mas ninguém te conta a importância de colocarem a solução do problema que aterroriza a todos nas mãos da geração mais nova em um contexto da Guerra Fria: é a próxima geração que vai limpar os restos cuja culpa nunca foi deles, e eles não são só crianças, são CRIANÇAS! Porque nenhum adulto acreditaria em um Demogorgon, em um mundo invertido ou em uma garota com poderes. É uma série sobre coragem e confiança, ambas muito bem representadas pela Eleven, que conhecendo apenas aos homens maus ainda assim consegue confiar em garotos que nunca tinha visto e tem coragem de se sacrificar por eles, porque é isso que amigos fazem, "Amigos não mentem". É uma série tão completa que conseguiu dar conta de tudo em apenas 8 episódios, sem nem precisar ocupar tempo com cenas sem nexo (e se por acaso você ainda não a assistiu por medo, já que o
hype foi muito grande, ou por ter ouvido falar que é uma série de terror, larga disso e assiste logo, que nem dá medo mesmo galera, é só um monstrinho).
Gilmore Girls: A Year in the Life (Netflix).
Perco todos os parâmetros racionais pra falar sobre
Gilmore Girls porque é a série da minha vida e eu não consigo ser crítica para falar sobre. Foram só quatro episódios para várias gerações de fãs que surgiram desde sua estreia, até o período dos sete anos sem nenhuma novidade sobre Stars Hollow, e apesar do fim meio ????? ou das QUESTÕES que foram muito discutidas entre o público, cada pedacinho das quatro estações das garotas Gilmore me fizeram muito feliz, obrigada. Inclusive deixo aqui um encorajamento pra quem ainda está nas temporadas clássicas: Rory Gilmore deixa de ser o modelo perfeito a ser seguido e finalmente mostra que tá todo mundo mal mesmo. De nada.
Queria falar muito mais coisas sobre ela, mas cometerei o pecado do
spoiler se o fizer, então reservo apenas o meu direito ao uso do caps lock: ASSISTAM
A YEAR IN THE LIFE!!! AMÉM LOGAN HUNTZBERGER!!! AMÉM JESS MARIANO!!! OS SENTIMENTOS SÃO OS ÚNICOS FATOS!!!
This Is Us (NBC).
Eu podia resumir tudo o que quero falar com MILO VENTIMIGLIAAAAAAAAAAAAAA!!! (
E esse gif), mas
This Is Us é uma série tão "quentinho no coração" que só o rosto do Milo não é capaz de demonstrar os reais motivos para ela estar aqui. É um drama que tinha tudo pra cair dentro de vários clichês, mas logo no primeiro episódio já consegue provocar um mind-blowing e dele em diante são muitas lágrimas e eternos AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA a cada episódio novo. A série fala sobre família - e sobre como quem mora conosco costuma ser nosso céu e nosso inferno, ao mesmo tempo - sobre relacionamentos e principalmente, sobre SENTIMENTOS!!! Meninas viciadas em sofrer, assistam
This Is Us.
Categoria 2 | Não é Raça Negra, mas serve.
Sem exageros, pela primeira vez na vida entendi o que é um bom ano musical. Sempre tive muita dificuldade pra conhecer artistas novos e sofro de uma preguiça acima da média para conseguir ouvir qualquer lançamento até dos artistas que já conheço, mas em 2016 resolvi me entregar de coração e alma ao
Spotify versão pobre e tudo ficou mais fácil. Para escutar os álbuns recomendados, basta clicar em seus nomes.
The Ride - Catfish and the Bottlemen.
Catfish é uma banda de rock formada no País de Gales (Reino Unido). Em um belo dia de 2007, o australiano Van McCann - atual vocalista da banda - se uniu aos irmãos Billy Bibby e Benji Blakeway, iniciando a carreira com covers dos
The Beatles, assinaram seu primeiro contrato em 2013 e desde então estão ganhando mais notoriedade. O nome da banda surgiu de uma lembrança da infância de Van relacionada à um artista de rua. Em 2017 a banda esteve em solo brasileiro no festival
Lollapalooza. Na minha opinião nada profissional,
The Ride é um álbum completo e não consigo dizer quais são as melhores músicas, ouçam tudo por obséquio.
Rogério - Supercombo.
A banda de rock nacional que ganhou fama depois da participação no
Superstar com as músicas do seu álbum
Amianto, lançou
Rogério, seu quarto disco, no meio do ano.
Rogério é o nome dado ao lado sombrio das pessoas e das coisas, o que pode ser muito bem notado em todas as letras dele, de fácil identificação.
Melhores músicas: Magaiver, Grão de Areia, Bomba Relógio e Jovem.
Melhor do que Parece - O Terno.
Assim como
Supercombo, O Terno também é uma banda de rock paulista, iniciada em 2009 com covers de bandas como
Os Mutantes e
The Beatles, atualmente conhecida por seus lançamentos independentes.
Melhor do que Parece é um álbum com crises de identidade e apelos românticos, ou seja: MELHOR ÁLBUM NACIONAL DE 2016 SIM! (Tentei ser profissional na descrição, mas falhei).
Melhores músicas: Culpa, Nó, Melhor do que Parece e Volta.
Categoria 3 | Filmes para ver com a rapaziada.
Eis aqui a categoria mais PROBLEMÁTICA de ser feita. A maioria dos filmes que eu queria ver no cinema, de fato pude assistir, mas a questão é: eu recomendaria esses filmes para as pessoas?
Por isso,
Rogue One - Uma História Star Wars, ganhou total exclusividade nesse post. Nós concordamos que um grupo de rebeldes indo contra um império conservador é bonito demais? Que é um filme sobre a esperança, mesmo nos tempos mais difíceis? Que nascer mulher não significa ser menos, e que mesmo com todas as coisas AVOANDO e os PLANETAS TUDO, a ficção anda bem parecida com nossa realidade e isso deveria ser um baita de um tapa na cara? CONCORDAMOS SIM, RAPAZIADA! EU E MINHA CASA SERVIMOS A JYN ERSO!
Nós, organizadores do
Ninguém se importa AWARDS (eu, euzinha e eu mesma), agradecemos a paciência de todos. Os docinhos estão na mesa à direita, a saída se encontra à esquerda. Se estiverem dirigindo, favor não beber.