Ninguém se importa awards: 2017.

Parece que foi ontem o dia em que cheguei por aqui estendendo o tapete vermelho e anunciando a primeira edição do "Ninguém se Importa awards", a única premiação de melhores do ano cujas categorias são tweets antigos do Neymar e com um total de 0 pessoas que dão importância para ela, e já estamos na edição de 2017, os filhos crescem tão rápido. QUE RUFEM OS TAMBORES!

Para ler a edição de 2016, clique aqui.

Categoria 1 | Séries que você não pode perder.

Ou pode, porque cada um tem sua vida e pode escolher ao que assistir.


Foram pouquíssimas as estreias do ano que eu realmente tive tempo de acompanhar, e delas, uma eu até queria encontrar 13 motivos para não ter sido feita (rsrsrsrs #trocadilhos), mas a que entra para o tapete vermelho dessa não solicitada premiação com direito a muitas palminhas antes do discurso é:

Atypical - Netflix.


Sam (Keir Gilchrist) é um adolescente do ensino médio que, como ficamos sabendo nos primeiros momentos do episódio piloto, quer ver peitos. "E EU COM ISSO?", você pensa. Bom, Sam é também uma pessoa que vive com Transtorno do Espectro Autista.

Apesar de o mesmo estar cada vez mais falado na mídia, ainda são poucas as pessoas que possuem convivência com quem o têm ou que entendem minimamente o que é o Espectro, sendo um dos pontos principais -- e positivos -- da série a informação sobre o transtorno e por meio dos erros cometidos pelos próprios personagens, a orientação para confortar e o que fazer diante de situações parecidas.  

O que poderia ser só mais uma série sobre problemas adolescentes e bullyng na escola se abre em um leque amplo, com um papel de conscientização importante e diversos pontos diferentes para se enxergar a questão: a mãe que nunca conseguiu viver a própria vida ou cuidar da outra filha com tanto afinco como cuidou de Sam; o pai que sempre se sentiu por fora da criação do filho e tenta de pouco em pouco reverter o problema; a irmã não-tão-carinhosa, mas que compreende o máximo possível o irmão e suas limitações ajudando-o em tudo que consegue, e por fim, o próprio Sam, podendo dar ao público uma visão mais empática sobre como é enxergar o mundo por esse outro lado e sentir constantemente que as outras pessoas não estão vendo o mesmo que você -- e consequentemente, achar que o erro está do seu lado, quando não há uma posição para se tomar nisso. 

É uma série curta, com apenas oito episódios, e já renovada para a segunda temporada, que mesmo leve consegue ser didática, e une momentos de conforto com alguns de muita vontade de abraçar o travesseiro mais próximo. 


Categoria 2 | Não é Raça Negra, mas serve.


Na edição anterior comentei sobre o quanto o Spotify me auxiliou para descobrir novas bandas/cantores e consequentemente, transformou meu 2016 em um ano extremamente musical. 2017, por outro lado, deixou a desejar, porque se teve algo que não fiz -- e assumo a culpa inteiramente --, foi ouvir música.

Porém, enquanto Neymar dormia ouvindo Raça Negra, eu pegava metrô ouvindo Harry Styles pois sou directioner.

(Para ouvir os álbuns, basta clicar nos nomes.)

Harry Styles - Harry Styles. (EU REALMENTE ADOREI ESCREVER ISSO.)


O álbum que estreou a carreira solo de Harry, e porque não Styles, lançado pela Columbia Records trouxe ao público sons diferentes dos que o mesmo cantava em sua antiga boy band. Não sou nenhuma grande entendedora da música, e me sinto meio farsante tentando falar qualquer coisa sobre o CD que não seja BOM DEMAIS RAPAZ. Então é isso, gostei sim, aprovadíssimo, queria muito fazer uns cafunés na cabeleira do menino. Melhores músicas: Meet me in te Halway, Sign of the Times, Carolina, Sweet Creature, Only Angel, Kiwi e From the Dining Table.


Ao contrário de Harry Styles, o líder da banda nacional O Terno, Tim Bernardes, não precisou encerrar nenhum outro projeto para lançar seu trabalho solo. Acho a união da voz do Tim com o instrumental muito bonita, e suas letras sobre o sentir, os momentos em que tudo acaba -- se é que acaba -- e um leve tapinha sobre os tempos atuais em que tanto faz, como diz o nome da própria música, só colaboram para que as músicas sejam muito mais que o esperado. Melhores músicas: Quis Mudar, Tanto Faz, Pouco a Pouco, Não e Recomeçar. 


Também nacional, Scalene arrisca inovações em Magnetite. Apesar das inovações, uma das coisas que a banda continua trazendo e que eu particularmente gosto muito, desde os trabalhos passados, são as letras que se arriscam a dizer o necessário sobre a atualidade -- assim como fez Tim Bernardes. Melhores músicas: Cartão Postal, Distopia, Fragmento, Heteronomia e Phi.

Categoria 3 | Filmes para ver com a rapaziada.

Logan.

Nada para dizer além de QUEM DIRIA QUE EU IRIA CONSEGUIR GOSTAR TANTO DO WOLVERINE POR CAUSA DE UM ÚNICO FILME. E a Laura, ela merece todo amor do mundo.



Mulher-Maravilha.


FILME DE HEROÍNA, FILME DE HEROÍNA, FILME DE HEROÍNA, FILME DE HEROÍNA, FILME DE HEROÍNA, EU JÁ DISSE FILME DE HEROÍNA? É sobre finalmente se sentir parte desse mundo em que só homens pareciam poder estar, sobre sentir que você também pode e sobre como as vulnerabilidades não são ruins porque em todo o roteiro Diana era isso: vulnerável, e ainda assim, a Mulher-Maravilha. 

Extraordinário.


Num ano em que nada além do estresse foi capaz de me fazer chorar, a estreia de Extraordinário foi o cubo de gelo que faltava para o copo transbordar. Esqueci de comentar isso sobre Logan ali em cima, mas é engraçado notar que o que une meus três filmes preferidos do ano é a vulnerabilidade; em Logan, por ele se permitir conhecer Laura e confiar no que ela tem a dizer, em Mulher-Maravilha por ela se mostrar transparente com o que sente mesmo quando as situações podiam a impedir, e em Extraordinário porque como diz o próprio nome: cada um de nós é extraordinário, com direito ao pacote completo cheio de todas aquelas coisas que em um primeiro olhar não são boas. 

A hora de enrolar o tapete e deixá-lo guardado para o ano que vem enfim chegou. Me conta nos comentários quais foram os seus melhores do ano? Vou adorar saber!

Comentários

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  1. Seu trocadilho com 13 Reasons: hahahaha. A série não entrou para o meu Odiados do Ano, mas eu achei surpreendente o quanto ela foi inescrupulosamente aplaudida e passou livre de contestações em vários meios, sem que muita gente atentasse a aspectos que eu achei BEM problemáticos (eu e a OMS, *cofcof*). A frase "essa é uma série que TODOS precisam ver" pra mim carrega erros de interpretação grosseiros. Na verdade, é uma série que, ao meu ver, deveria vir com um WARNING em negrito, letras garrafais e vermelhas na abertura, sabe?
    Enfim, todo um textão à parte que eu não tive ânimo para escrever.

    Vou concluir meu comentário dizendo que: você já viu Logan e eu estou com muita inveja disso, fique sabendo.

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  2. Em 2017 eu escolho a série "Breaking Bad" como a melhor que eu já assisti.
    Amei todos os três filmes que você citou. Extraordinário realmente me fez chorar, muito lindo esse filme!
    E também o ano não foi muito musical para mim.
    Beijos, Aline
    Verso Aleatório

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  3. Ah que post maravilhoso, sério! Das músicas eu ouvi algumas da Scalene e esse álbum deles tá muito bom, diferente de tudo que eu já ouvi antes. Quanto aos filmes: um top 3 desses bicho! Mulher Maravilha foi o melhor do ano pra mim, Extraordinário fez eu borrar a maquiagem no cinema, e Logan me fez finalmente gostar do personagem.

    www.estante450.blogspot.com.br

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