A série teen da vez: Degrassi: Next Class.



Tentei achar um modo de não colocar os dois pontos repetidamente no título, mas infelizmente não foi possível. Neuras de acentuação a parte, hoje dou entrada a um quadro importante aqui no blog, apelidado de A série teen da vez, onde vou falar sobre todas as séries que não foram produzidas pra quem já passou de certa idade, mas quem disse que a gente se importa? O Netflix cria séries adolescentes sempre e eu vou assistir todas, obrigada.

Ah, o idolatrado salve-salve Netflix, que mundo incrível esse querido criou na internet! A graça da vez estreou esse ano, uma produção canadense que na verdade trata-se de uma readaptação da antiga Degrassi: The Next Generation, que teve quinze temporadas e mais de trezentos episódios e contou com Drake (sim, o moço que dança de um jeito estranho e quer que liguem para ele) e Nina Dobrev em seu elenco; pra completar o bug na nossa cabeça, The Next Generation na verdade é um spin-off das antigas The Kids of Degrassi Street, Degrassi Junior High e Degrassi High. Seria então a versão do Netflix, Degrassi: Next Class um spin-off do spin-off? Fica ai a dúvida.

A readaptação possui até o momento dez episódios da primeira temporada disponíveis no famoso serviço de streaming, com duração de no máximo vinte e cinco minutos cada, sua estreia é recente (15/01/2016). Agora vamos saber o que tem de tão bom nela?

1 - Personagens negros.

A questão racial vem sendo um tema muito discutido nas terras americanas, principalmente depois de grandes nomes do ramo artístico anunciarem o boicote ao Oscar 2016. É extremamente importante reforçar que Degrassi é uma série voltada ao público adolescente, essa fase incrível da vida onde se você não sofre bullying provavelmente está o fazendo com alguém, e ter a atitude de destacar dois personagens negros como os mais inteligentes da sala faz uma diferença enorme, pois não se trata de uma série em que só há negros, como geralmente costuma acontecer nos casos em que eles não são colocados como personagens da minoria, é uma série que mistura raças e nenhuma delas é colocada como melhor que as outras.


2 - Temática LGBT.


Além da questão racial ainda ser um problema e tanto, precisamos conversar sobre a temática LGBT nas grandes produções. Já repararam que são raros os casos em que os personagens gays não são tratados como motivo de piada? Em Degrassi não vemos isso, olha que fantástico! Pelo contrário, vemos as dificuldades dos personagens em assumir que estão fora dos padrões impostos pela sociedade, e a série chega até mesmo a abordar de maneira descontraída (mas jamais cômica) as doenças sexualmente transmissíveis, que no caso foram abordadas dentro de um personagem gay pelo contexto seguido no episódio, mas poderiam ter sido perfeitamente colocadas em um personagem hétero.

3 - Problemas familiares REAIS.


Séries adolescentes costumam levar em conta a mentalidade do seu público alvo, o que faz com que na maioria das vezes os problemas familiares abordados sejam completamente errados: o adolescente que pensa ser incompreendido pela família, mas na verdade nunca deu a oportunidade aos pais de o ajudarem. Em Next Class apesar de também ser abordado esse tipo de problema, existe um mundo inteiro de questões familiares para tratar, desde os pais recentemente separados até os pais rígidos demais.

4 - Assuntos sérios retratados de forma espontânea.


Estamos todos por dentro da diferença gritante que há entre tratar assuntos sérios reais de forma espontânea e os tratar de forma cômica, certo? Como já comentei no segundo tópico, o foco central da série é tirar os personagens de dentro do mundinho do ensino médio e mostrar ao telespectador o que há por trás de todos eles, levando adolescentes a pensar sobre casos como feminismo, machismo, sexualidade, doenças raras, traição, drogas e problemas psicológicos de forma responsável. Em momento algum a série faz com que o uso de drogas ilícitas ou não seja algo cool como vemos em muitas séries por ai, o que pode sim ser um pequeno passo, mas eu tenho certeza que vai fazer a diferença para quem a assiste.

5 - Feminismo.

Goldi Nahir é uma personagem muçulmana que luta pelos direitos igualitários para as meninas da Degrassi Community School (só eu sinto a referência a Malala Yousafzai?) e em apenas dez episódios ela consegue levar outras meninas da trama a entender o feminismo da maneira como ele realmente é: não somos melhores que os homens e nem queremos ser.

Por meio de Goldi grandes mudanças começam a ser feitas dentro do próprio colégio, a série inclusive problematiza a temática comumente encontrada em vídeo games, onde as personagens femininas quando colocadas como guerreiras ou heroínas sempre possuem corpos irreais para nós, mas reais para as fantasias masculinas e roupas sensuais demais para estar dentro de uma batalha, além de mostrar que muitas vezes os jogos fazem apologia à violência contra a mulher. Lindo, né?

Motivo extra: referência a Gilmore Girls. 




A personagem Zoe Rivas aparece em um dos episódios assistindo Gilmore Girls (olha só o Netflix já nos avisando antes da Lauren que Gilmore Girls estaria com eles em breve), no mesmo episódio contamos com a participação de David Sutcliffe, o Chris.




Melhor personagem: Goldi Nahir.





Meus motivos para nomeá-la a melhor personagem são óbvios, claro. Mas acho incrível a maneira como uma personagem que na verdade não é o centro da série consegue mudar todo o enredo de uma forma boa.


Pior personagem: Zig Novac.


Escolher o pior personagem não foi fácil, a série não faz a separação entre vilões e mocinhos, o que nos leva a ver o lado ruim e o lado bom em todos eles. Mas o lado ruim de Zig parece estar sempre mais presente que o bom, é dele o papel do garoto hétero irresponsável e insuportável que vemos sempre.

Classificação:


E vocês, já assistiram Degrassi? Me contem as séries adolescentes que vocês já assistiram/assistem, preciso aumentar minha lista!

*No blog a classificação de livros, séries e filmes é feita de 0 a 5 cactos. 

Já usou seus superpoderes hoje?

Depois de assistir ao pilot de Shadowhunters (baseada na série de livros Os Instrumentos Mortais) e não gostar do que vi por motivos que não precisam vir à tona, pensei em fazer um post falando sobre o porque de a série não ter me agradado até entrar naquela rede social de opiniões não solicitadas e me deparar com a tirinha ao lado, que me causou estranhos momentos de reflexões.

Com minha lista de séries para assistir que só aumenta a cada dia, por que eu dedicaria minutos da minha existência exclusivamente para falar mal de uma série que não me agradou ao invés de compartilhar com vocês as que me agradam? Por que preferimos dar atenção para os pontos negativos das pessoas ao invés de destacar os positivos? E principalmente: por que é mais fácil ofender - muitas vezes despercebidamente - do que elogiar?

Foi quando me deparei com esse texto maravilhoso no blog da Tary, onde ela corajosamente conseguiu falar sobre uma insegurança enorme que já teve e sobre como comentários "despretensiosos" se tornam um monstro para quem os ouve. Pensei em todas as coisas que já ouvi algumas antes mesmo de ter dez anos, e em como elas me afetam até hoje (como por exemplo, a minha eterna dificuldade em sair na rua com minhas pernas de fora, que cheguei a comentar sobre nesse texto) e me vi com medo de um dia ter sido esse alguém, de em um momento de descuido ter dito algo que até hoje machuque quem ouviu. Lembrei então de uma matéria muito bonita que li no fim do ano passado e a procurei no Google, lembram da fotografa que parou pessoas só pra dizer que as achava bonitas e filmou suas reações? Parece tão pouco, mas quando vemos os sorrisos tímidos e as encolhidas de ombros percebemos o quanto isso faz sim a diferença e como podemos ser pessoas melhores apenas reparando nas coisas boas que a vida tem.


Como se não bastassem todos esses sinais, assistindo ao décimo terceiro episódio da segunda temporada de Gilmore Girls, vi o quanto eu gostaria de ser como Lorelai, que mesmo depois de ter ficado sozinha no parto de sua filha e de ter deixado o amor de sua vida partir por ainda - e talvez nunca - não ser o momento certo para eles ficarem juntos, relembrando todas as coisas ruins que passou e se colocando no lugar da madrasta de Rory preferiu apoia-la no parto da criança que foi justamente o fim do seu relacionamento com Chris, para que ela não soubesse como é estar sozinha quando se mais precisa. 

E foi assim que o que era para ser uma crítica toda errada e não solicitada a uma série que eu não gostei por minhas preferências pessoais se tornou um texto de incentivo e acima de tudo uma nota mental pessoal: cada vez que eu sentir vontade de falar mal de algo ou alguém, vou substituir por elogios, porque mesmo quando nós não gostamos das atitudes de uma pessoa ou daquela série que tinha tudo para ser maravilhosa ainda existem motivos para esbanjar elogios, mesmo que poucos se observamos bem nós sempre os encontramos. Vamos todos usar nossos superpoderes para elogiar as pessoas, as coisas, e os momentos? 

We're All In This Together: motivos pelos quais (ainda) amamos High School Musical.

Esse post contém gifs, referências, vídeos e sentimentos em grandes quantidades.


Here and now its time for celebration! Se você já assimilou a frase ao lado com a coreografia e está com o coração carregado de sentimentos, quebre a perna! High School Musical foi o que chamamos de Grease para os atuais jovens adultos, e como não sentir um aperto imenso no coração ao saber que já se passaram dez anos desde o lançamento do primeiro filme? 

Foi no ano de 2006, estávamos apenas existindo e o Disney Channel resolveu nos apresentar o que obviamente nos marcaria para sempre: um musical dentro de um colégio, onde acompanharíamos os três anos do Ensino Médio de Gabriella Montez, Troy Bolton, Taylor Mckessie, Chad Danforth e os irmãos Ryan e Sharpay Evans. A partir daquele dia todos nós nunca mais fomos os mesmos, sabíamos as músicas, as falas, as coreografias, queríamos todas as revistas que tivessem seus rostos estampados e eu não sei vocês, mas minha principal preocupação da época era manter minha pasta de fotos do filme (e dos atores, porque se eu não virasse uma completa obcecada por isso não teria valido a pena) o mais completa possível. Façam seus aquecimentos vocais Wildcats, e vamos todos nos envolver em um abraço enquanto lembramos como foi maravilhoso viver nesse tempo - e reconhecer que talvez nunca vamos superar essa trilogia - com os cinco motivos pelos quais ainda amamos High School Musical. 

5. Zac Efron: nosso primeiro crush.


Uma curiosidade: o papel de Troy Bolton foi oferecido para Matthew Underwood, vocês conseguem imaginar isso? Porque eu não!


Na época em que surgiu como Troy Bolton, Zac era apenas um menininho com cara de bebê, miudinho, com um total de zero pelos faciais. Mas nós nos importávamos com isso? É claro que não! Zac era para nós o que Harry Styles é para as jovens de hoje. É claro que existiam as relutantes garotas que insistiam em achá-lo horrível, mas nós não nos importávamos. Sharpay, nós entendemos porque foi tão difícil superar o jogador de basquete que não dava a mínima para você!

4. Complexo de Sharpay Evans.


Talvez na primeira vez em que vimos o primeiro filme, Sharpay tenha nos passado a impressão errada e muitos de nós achávamos que iríamos odiá-la pelo resto de nossas vidas, o que mudou completamente quando assistimos ao filme pela segunda vez (e se concretizou com o lançamento do segundo filme) porque vimos que ela na verdade se sentia sozinha e queria apenas um amor para chamar de seu, além do papel principal em todas as peças de teatro, é claro. Hoje sabemos: todos nós em algum momento da vida vamos viver o complexo de Sharpay Evans, mesmo que em silêncio. 

3. A versão estendida em DVD de High School Musical 3: Senior Year. 


Da pra acreditar que era 2008 quando invadimos salas de cinemas para ver o que seria o fim? Não contente em ter visto o filme nas telonas (e chorado quando a famosa cortina vermelha se fechou pela última vez) você quase enlouqueceu seus pais pedindo pelo DVD versão estendida do filme. E quantas não foram às vezes em que assistimos a entrevista final com os atores contando o que aquilo tudo significava para eles? O que dizer de Zac Efron declarando não ter chorado pelo fim com medo de ter sua - até então pouca - masculinidade ultrajada em rede mundial e logo em seguida darmos de cara com uma cena do mesmo abraçando seus colegas de trabalho e limpando o cantinho dos olhos no maior estilo "caiu um cisco aqui, tá difícil de tirar!", PODE CHORAR ZAC, A GENTE CHORA ATÉ HOJE!

2. Gabriella Montez e Troy Bolton são Zac Efron e Vanessa Hudgens na vida real, REPASSEM.


A gente ainda nem sabia o que era shippar, mas shippavamos Zac Efron e Vanessa Hudgens com todas as forças do universo. Ver os dois cantando Breaking Free juntos e não acreditar que o amor entre eles existia era como não acreditar no casamento de Brad Pitt e Angelina Jolie. Até que um dia aconteceu: can you feel it building like a wave the ocean just can't control???????????????? Zac Efron e Vanessa Hudgens estavam namorando, Zanessa era real e para nós era como se fossem o Príncipe Willians e sua amada plebeia Kate. Que casal, que momento! Cada foto deles juntos nos causavam emoções incontroláveis, e ouso arriscar dizer que foram cinco anos muito intensos para todos nós porque it's like catching lighting the chances of finding someone like you, it's one in a million the chances of feeling the way we do and with every step together we just keep on getting better.


Não vamos nos esquecer do tiro em forma de clipe, Say Ok, quando Vanessa Hudgens transformou seu amor pelo belo moçoilo de olhos azuis em canção, que hino!



E o quão lindo foi o terceiro filme? Gabriella, a Rory Gilmore de HSM, finalmente iria para a faculdade que sempre sonhou, mas teria que se mudar para longe enquanto Troy (assim como Dean em Gilmore Girls. Coincidências? Eu acho que não!) estava ali nos representando sem saber o que é que ele estava fazendo da vida. Quando tudo parecia acabado, quando Sharpay poderia comemorar mesmo não estando mais nem ai para Troy no Senior Year (que amadurecimento repentino, me orgulho até hoje!), Troy se mostrou o bom namorado que sempre foi e não permitiu que seu amor com Gabriella acabasse, nos fazendo suspirar ainda mais por ele quando foi até sua amada em um carro não tão-bom-assim convida-la para o baile. E QUE BAILE! Para nós um namoro like a Troy Bolton e Gabriella Montez, pra eles o outro lado.

1. As coreografias, as músicas, os finais, os sentimentos!!!


Eu tinha um ritual oficial quando assistia ao filme: na primeira exibição ficava na minha, apenas assimilando cada detalhe daquele momento tão importante para a minha formação como pessoa. Na segunda exibição, eu já tinha decorado as músicas e algumas falas, estão me permitia levantar do sofá e aprender as coreografias, nas próximas vezes em que os assistia quem via de longe achava que eu estava treinando para futuras audições do Disney Channel, porque eu já sabia cada piscada de cada personagem. E como não amar as coreografias? Como não saber de cor e salteado? 




E o que eram as letras das músicas? Tão motivacionais, românticas e inspiradoras! Um momento importante em Senior Year: quando canta Scream, todo revoltado, Troy Bolton faz o caminho inverso que Gabriella fez quando cantou When There Was Me And You no primeiro filme, vocês conseguem entender todos os significados por trás desse simples ato?




E OS FINAIS MEUS AMIGOS? Esses que sempre relutávamos quando percebíamos que estavam acontecendo, porque cada vez que o crédito de um dos filmes aparecia nós sentíamos o que tentávamos evitar: uma hora aquilo ia acabar de vez e nós teríamos que existir sem as continuações do filme. Sharpay podia passar um filme todo sendo antissocial com seus colegas e pisando em quem quer que fosse para conseguir fazer sua estrela brilhar; Ryan ficava horas sendo o irmão faz tudo; Troy passava filmes inteiros questionando sua existência e o amor de Gabriella (pessoas desequilibradas emocionalmente: nós estávamos sendo representados desde o inicio e nunca reparamos); Gabriella estava ali, sempre relutante na hora de dar uns beijinhos em seu namorado porque até quando não estava estudando ela sentia que precisava estudar; Chad fazia seu papel de amigo insuportável tentando convencer Troy de que cantar era bobeira, legal mesmo é bater uma bola na quadra enquanto Taylor queria apenas ser influente e claro, dar umas beiçadas em Chad, e todos eles, até os personagens desfocados como a Sra. Darbus, professora de teatro e Kelsi, a compositora que custou a ser notada (mas jamais esquecida, #somostodosKelsi) podiam passar um filme todo cheio de intrigas, dúvidas e questões, mas no fim todos se juntavam para cantar e dançar ritmicamente. Que filme, que época, que experiência!

Dez anos depois fomos surpreendidos com a reunião dos atores para relembrar todos esses feelings, com direito a ver carinhas expressando um pouco de vergonha alheia e um Zac Efron dizendo que dançar We're All In This Together foi um dos melhores momentos de sua vida.



Eu não sei vocês, mas eu estou me retirando com minha caixa de lenços pronta pra minha maratona dessa trilogia tão importante na minha formação criança/pré-adolescente/adolescente/o resto de toda a minha vida. E deixo dito: pra andar comigo tem que saber a letra e a coreografia de All For One. 

Self image 2016.



Eu sinto muito, de tudo e sempre. Sinto muito quando digo algo sem pensar pra alguém, talvez sofra mais do que quem ouviu; sinto muito quando tenho que terminar algo, porque ainda não aprendi a dizer não, e quando a única alternativa que resta é dizê-lo sinto como se estivesse tirando uma vida; sinto muita raiva, dos outros e de mim, mas nunca demonstro e sempre digo que nunca mais vou fazer algo por quem me chateou (no fim eu sempre faço).

Vivo com a sensação de estar fazendo tudo errado no presente, mas no futuro sempre me parabenizo quando relembro as coisas que já fiz com tão pouca idade, é quase o meu prêmio Nobel pessoal. Ainda sinto a mesma vontade de passar despercebida por tudo e todos, com a pequena diferença de que agora junto a isso eu possuo uma necessidade estranha de precisar saber que alguém notou. 

Sou a versão mais velha que já não tem mais as vontades da adolescência, sou os dois empregos que já tive, sou o ensino médio completo e os amigos perdidos com ele, sou todas as noites em claro e todas as visitas a prontos-socorros pela falta de controle da ansiedade. Sou mais positiva e reclamo menos, mas ao mesmo tempo em que melhorei nisso sinto que piorei na mania de procrastinar tudo.

Continuo sendo a insegurança em pessoa e me sentindo menos até quando sou mais; eu preciso aprender a ser mais, a me gostar mais.

A ideia do Self Image é do Eric que os publica anualmente. Aqui no blog já o fiz em 2014 e 2015. E vocês, também fizeram?

Resenha: Eu sou Malala.


Sempre tive dificuldade pra conseguir ler biografias, a última tentativa havia sido há três anos, com a história de vida do cantor Renato Russo, que apesar de ser um livro muito interessante não foi o suficiente pra me fazer querer ler até o fim.

Quando Eu sou Malala foi lançado no Brasil fiquei muito animada, e a ideia de ser uma autobiografia contribuiu para a minha curiosidade, pois ler uma história tão forte contada por quem a viveu me pareceu mais atraente do que ler apenas relatos de conhecidos acompanhados de um resumo de quem foi a pessoa em questão.

Nascida em 1997 no vale do Swat (Paquistão), Malala Yousafzai foi a pessoa mais jovem a conquistar o prêmio Nobel da Paz em 2014, mas sua luta se iniciou bem antes de termos conhecimento. Em uma região onde mulheres precisam sair apenas acompanhadas de homens da própria família, e onde o índice de alfabetização está sempre em um nível baixo; Malala teve o que chamamos de sorte, por nascer em uma família onde o pai sempre lutou pelo direito da mulher a educação, por um país melhor e por direitos igualitários. Mesmo com uma carga de vida pesada, em vários momentos no livro vemos Malala como uma adolescente comum, com admiração por cantores, livros e até séries teens mundialmente famosas.


Mesmo com constantes ameaças pelo Talibã contra ela e seu pai, ambos não desistiram de abrir mão da luta que Ziauddin Yousafzai começou antes de conhecer Tor Pekai Yousafzai, mãe de Malala, levando o leitor a entender melhor o que ocorreu não só no dia em que Malala se tornou assunto mundial, mas até mesmo antes de seu nascimento.

Apesar de estar frequentemente divulgando seu documentário e seu livro, Malala faz questão de deixar claro que sua intenção principal é obter ajuda para que meninas e mulheres do mundo todo possam ter acesso a educação. Hoje, Malala pede ajuda mundial por meio de sua Organização Malala Fund. Você pode mostrar seu apoio usando #withMalala nas redes sociais.

"Nenhuma luta jamais logrará êxito sem que as mulheres participem lado a lado com os homens. Há duas forças no mundo: uma é a espada e a outra é a caneta. Há um terceira força, ainda mais poderosa: a das mulheres."

Classificação: 

*No blog, a classificação de livros, séries e filmes é feita de 0 a 5 cactos.

Só acontece comigo #33.



A minha vida é um amontoado de acontecimentos constrangedores. Ruim pra mim, bom pra vocês, que até compartilham em redes sociais minhas vergonhas e riem disso como se não houvesse amanhã.
Quando eu via o meme "Na entrevista de emprego..." rodando pela internet, ria, mandava para os amigos, me divertia; mas nunca pensei que eu fosse viver o meme. Sim, eu vivi um meme.

Minha primeira entrevista de emprego do ano, uma sala cheia de outros voluntários desesperados por uma vaguinha no incrível mundo de empregos das pessoas grandes, eu, a mascote do local, finalmente fui chamada para me apresentar ao grupo e responder a perguntas adoráveis de pessoas amáveis que trabalham com recursos humanos. Em meio à apresentação surge a tão temida dúvida:

- Me fala uma qualidade sua.

Um silêncio de 13 segundos acontece.

- Acho que... Decidida.
- Acha? - risos ao fundo.
- Pelo jeito não sou muito, né?

Eu achei que estava tudo perdido mas passei pra segunda fase.



Será esse o meu futuro emprego? Aguardem os próximos capítulos. 

Aloka das Listas: 2015.



No início do ano passado, criei o Aloka das Listas: uma página do blog em forma de lista para que eu fizesse algumas coisas durante o ano. Entre elas, coloquei que no final da lista, faria um post contando como foi coloca-la em pratica e aqui estamos. Separei os afazeres em tópicos que explicam o porque de eu não os ter feito durante o ano, ou o porque de ter feito.

1. Dinheiro não nasce em árvore.



De verdade, o que eu tinha na cabeça quando coloquei essas coisas na lista? NÃO TENHO DINHEIRO NEM PRA CHURROS GENTE!

  1. Tirar minha carteira de motorista. Fácil assim, né querida?
  2. Viajar para qualquer lugar fora de São Paulo. Não tem dinheiro pro ônibus e quer sair de São Paulo.
  3. Comprar o box de Friends. Só nas promoções da vida você vai conseguir, amiga. 
  4. Comprar o batom Ruby Woo da M.A.C. Vamos comprar batom barato? Vamos!
  5. Comprar o batom Diva da M.A.C. Vamos comprar batom barato? Vamos!²
  6. Fazer a minha primeira tatuagem. Não vou nem comentar.
  7. Revelar todas as fotos que só tenho salvas. Imprime que é melhor, vai por mim.
  8. Ir a uma festa a fantasia. Além da falta de dinheiro eu sinceramente não estou mais disposta a passar por isso.
  9. Comprar um banco imobiliário. Prefiro comida.
  10. Ir a um show internacional. Quando eles quiserem cantar na estação de metrô quem sabe.
  11. Ir a um show nacional. Não deu.
  12. Comprar um disco de vinil. Já falei que prefiro comida?
  13. Viajar para Porto Alegre. Repito o que falei no número 2.
  14. Ir a um festival de música. O mais perto que cheguei disso foi passando em frente a um bar.
  15. Fazer uma segunda tatuagem. Não tem dinheiro nem pra primeira...
2. Você sabe o que é ter tempo? Nunca ouvi, nem comi, eu só ouço falar.



Esses eu não vou nem comentar do lado, porque 2015 foi o ano da tensão muscular, ou seja: 0 horinhas disponíveis pra tanto lazer.
  1. Aprender (de verdade) inglês.
  2. Fazer alguma atividade física ou esporte.
  3. Ser voluntária de leitura para crianças.
  4. Postar pelo menos 3 vezes na semana no blog.
  5. Ler pelo menos 100 livros. (02/100)
  6. Ver pelo menos 100 filmes. (02/100)
  7. Ver pelo menos 10 séries. (03/10)
  8. Fazer resenhas dos 100 livros. 
  9. Fazer resenhas dos 100 filmes.
  10. Fazer resenhas das 10 séries.
  11. Ir a praia a noite. 
  12. Passear no Jardim Botânico de São Paulo.
  13. Passear no Ibirapuera.
  14. Passear no Parque da Juventude
  15. Passear no Villa-Lobos
  16. Fazer uma trilha.
  17. Ir a uma cachoeira. 
3. Vamos deixar a meta aberta.



Ressuscito meme antigo sim! E você que stalkeia o(a) ex? Os itens abaixo eu vou manter na lista de 2016 pois quem acredita sempre alcança.
  1. Conseguir um emprego novo.
  2. Engordar.
  3. Comprar uma estante para livros.
  4. Aprender a andar de bicicleta.
  5. Aprender a nadar (igual gente).
  6. Ir a Bienal do Livro.
  7. Ir a uma exposição realmente legal.
  8. Mudar o blog para .com.
  9. Tomar dois litros de água por dia.
  10. Chegar a 100 seguidores.
  11. Chegar a 50 posts do "Só Acontece Comigo".
  12. Aprender a tocar violão.
  13. Ter um cachorrinho.
4. ME SENTINDO REALIZADA.



O caps lock é pra mostrar o tamanho da realização pessoal.
  1. Ter um aniversário decente.  Com direito a cotovelada, e acabei descobrindo que não gosto de comemorar aniversários.
  2. Conseguir me sair bem no cursinho extensivo. Não entrei na faculdade, mas o resultado me mostrou que os estudos estavam me levando para o caminho certo
  3. Decidir se quero Psiquiatria, Marketing, Direito, Jornalismo ou Publicidade.   Psiquiatria wins.
  4. Fazer uma mudança radical (ou nem tanto) no cabelo. Cortei no ombro, serve?
  5. Finalmente resolver pendências com c e r t a s p e s s o a s. Como é bom viver em paz.
  6. Ter um canal no Youtube. Encontro com Tati.
  7. Controlar minha ansiedade. Na medida do possível,
  8. Encontrar um shorts de cintura alta que me sirva!!! Não é cintura alta, mas SERVIU. Até fiz um post sobre o incrível dia em que consegui sair na rua pela primeira vez com ele.
  9. Fazer um layout maravilhosamente maravilhoso para o blog. O layout atual!
  10. (Se for o caso) encontrar O NOME para o blog. Não sei se vou mudar ainda, talvez sim...
  11. Ter o hábito de passar protetor solar.  Minha pele agradece.
  12. Ser menos pessimista. Depois de uma tensão muscular é bom ver a vida com mais amor. 
  13. Reclamar menos.  Mas não perder o costume hehehehe.
  14. Conhecer pelo menos duas pessoas novas que possam ser mantidas na minha vida. Porque eu também posso ser sociável. 
  15. Fazer um post no fim dessa lista contando um pouco sobre todos os itens que consegui cumprir.   Aqui estamos. 
  16. Ser mais paciente.  Mas nem tanto.
  17. Superar o medo e comprar algo pela internet. Comprei 3 coisas e obtive sucesso em 2.
  18. Fazer algum projeto com outras blogueiras.  Círculo Secreto e Blogueiros Geeks
  19. Vender algo no Enjoei. Não só vendi como já tive problemas com o Correio, AMO.
  20. Aprender a fazer ilustrações. Mais ou menos, mais ou menos.
  21. Comprar uma escrivaninha. Essa é a compra de internet que deu errado... Fica em pé, mas olha...
  22. Fazer o meu projeto para o blog cujo nome não vem ao caso.  Foi tudo idealizado ano passado, mas só vai ao ar esse ano.
5. ¯\_(ツ)_/¯


Coisas que nem eu sei o que são.
  1.  Largar a bendita Coca Cola. Dizem que quando é amor nada separa.  
  2. Sair sem rumo e fazer coisas legais nesse passeio sem rumo. Eu to aqui olhando pro teclado e pensando  o que eu queria dizer com isso. 
  3. Sair para passear todos os dias com meu possível cachorro. Primeiro eu preciso de um cachorro. Só se eu amarrar uma coleira numa garrafa pet e sair na rua chamando-a de Spike.
  4. Conhecer pessoalmente meus amigos virtuais. Falta de esforço meu, não foi. 
  5. Assistir um filme no cinema no dia da estreia.  Não trabalhamos com disposição para filas. 
  6. Começar a faculdade. Na época em que escrevi isso ainda não tinha levado o tapa na cara necessário  para ver que eu podia sim tentar Medicina ao invés de me jogar em Publicidade (e ainda bem que isso aconteceu, porque hoje quando penso em fazer Publicidade sinto vontade de sair correndo).
O Aloka das Listas 2016 já está disponível, vem conferir. E vocês, ficaram contentes com suas realizações de 2015?
© Limonada
Maira Gall